As organizações portuguesas foram atacadas, em média, 881 vezes por semana em 2021
Em 2021, em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana – um aumento de 81% face a 2020 – com a Educação, Saúde e a Administração Pública/Setor Militar como setores mais visados. Os dados são da Check Point Research (CPR), que numa análise retrospetiva, partilhou as estatísticas globais e nacionais relativas ao aumento do número de ciberataques que têm como alvo redes corporativas.
Mais, a CPR viu o número de ciberataques por semana contra organizações aumentar 50%, em comparação com 2020. A tendência para o crescimento destas ameaças atingiu um novo pico no final de 2021, com a revelação da vulnerabilidade presente no Log4J, que fez com que o número de ciberataques por semana contra organizações chegasse aos 925, a nível global.
“Os hackers continuam a inovar. Novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas”, comenta Omer Dembinsky, Data Research Manager, da Check Point Software. África (+13%), região Ásia Pacífico (+25%) e América Latina (+38%) foram os principais alvos do cibercrime contra organizações, apesar de a Europa (+68%) ter registado o maior aumento percentual de ciberataques de ano para ano, seguida da América do Norte (+61%).
Setores mais visados em Portugal:
1.Educação/Investigação (+57%)
2.Saúde (+108%)
3.Administração Pública/Setor Militar (+106%)
4.Utilities (+371%)
5.Setor transformador (+84%)
Setores mais visados no mundo
1.Educação/Investigação (+75%)
2.Administração Pública/Setor Militar (+47%)
3.Comunicações (+51%)
4.ISP/MSP (67%)
5.Saúde (71%)
“O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados. A educação, os serviços de administração pública, e o setor da saúde constam do top 5 de setores mais visados em todo o mundo. Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware. Podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia. Eu recomendo vivamente todos os utilizadores, especialmente quem está nos setores mencionados acima, a aprender o básico para se protegerem. Medidas simples como descarregar patches, segmentar redes e sensibilizar colaboradores podem fazer muito pela cibersegurança do mundo”, completa Omer Dembinsky.
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